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sábado, 25 de agosto de 2012

Programa TI Maior deve beneficiar 1.200 jovens em PE já em agosto


24/08/2012 19h55 - Atualizado em 24/08/2012 20h05
Em 60 dias, sai edital para escolher as primeiras quatro startups.
Legislação brasileira ainda barra o incentivo da produção de softwares.


Virgílio Almeida, Marco Antonio Raupp, Venâncio
Simão e Francisco Saboya no Recife (Foto: G1)

Virgílio Almeida, Marco Antonio Raupp, Venâncio Simão e Francisco Saboya debateram softwares (Foto: G1)Cerca de 1.200 jovens inseridos no nível técnico do setor de TI de Pernambuco serão beneficiados já no primeiro mês do programa TI Maior, apresentado em nível regional nesta sexta-feira (24), no Porto Digital, no centro do Recife. Com o objetivo de criar parcerias entre pequenos e grandes empresários, governos estaduais e o governo federal, a iniciativa lançou o desafio de desburocratizar o desenvolvimento e a produção de softwares e a implementação de startups no Brasil.
Com investimentos do governo federal na ordem de R$ 431 milhões até 2015, o programa tem por meta desenvolver a tecnologia da informação no País. O evento contou com a presença do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antonio Raupp, do secretário de Política de Informática do MCTI, Virgílio Almeida, do ministro de Ciência e Tecnologia de Moçambique, Venâncio Simão Massingue, e do diretor-presidente do Porto Digital, Francisco Saboya.
No primeiro ano, estima-se que 10 mil recebam incentivos diretos e indiretos, segundo o secretário de Política de Informática do MCTI. Ao todo, cerca de 50 mil jovens entre 17 e pouco mais de 20 anos devem ser beneficiados.

"Escolher o Recife na esfera regional para anunciar os detalhes do programa reflete a importância que o Recife e Pernambuco têm na industria nacional de TI", afirmou Virgílio Almeida. Os objetivos do programa também são criar empregos qualificados, fomentar a pesquisa avançada e criar e fortalecer empresas de softwares no Brasil.
Hoje, no País, de acordo com Almeida, há um déficit na balança comercial de exportação no setor de softwares de cerca de 3,4 bilhões, ou seja, importamos mais do que exportamos em termos de tecnologia da informação. "Queremos fortalecer o setor de softwares no Brasil, não apenas na sua comercialização, mas também na sua concepção e no desenvolvimento de tecnologias avançadas. Isso é fundamental para o desenvolvimento econômico".

Israel, conhecida como a "startup nation" (nação das startups), foi citada na ocasião, além da Coreia, Índia, Chile e Cingapura, como países que incentivam o desenvolvimento de startups na iniciativa privada.
"Queremos que empresas estrangeiras participem. Não queremos que sejamos explorados por empresas competitivas, mas que sejamos parceiros intelectuais dessas empresas também", acrescentou Almeida.
De acordo com o ministro Marco Antonio Raupp, os governos estaduais que já firmaram o convênio com o Programa TI Maior foram Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Em breve, um convênio deve ser selado também com o Ceará.

"Temos de buscar parcerias com empresários (pequenos e grandes). É um programa em favor do software nacional. E software é infraestrutura. Sem software não há inovação", completou Raupp.
Edital para startups dentro de 60 dias
Na ocasião, o governo também anunciou que dentro de 60 dias será lançado um edital para escolher as primeiras quatro startups aceleradoras que serão beneficiadas com os recursos do Programa TI Maior. O portal com as informações para participar da seleção sairá na próxima semana, de acordo com Almeida.
Entraves legais

Durante o encontro, foram discutidos os entraves da legislação brasileira ao desenvolvimento de políticas de incentivo aos softwares para exportação. "Se nós não enfrentarmos este chamado 'Custo Brasil', esta enxurrada de tributos e encargos, não iremos longe. A Índia tem imunidade fiscal, por exemplo. Como vamos concorrer num mercado global com eles? Lá, existe um estímulo para o capital privado a investir nos empreendimentos. Aqui, no Brasil, eu já começo a minha empresa pagando impostos", alertou Saboya
O entendimento é comum entre o próprio governo. "Ainda temos de que resolver as questões do marco legal. Vamos batendo nessas portas para que o plano tenha condições de evoluir e fazer dos softwares nacionais produtos de exportação. Estamos abertos para discutir com empresários estratégias para dar condições ao desenvolvimento da iniciativa privada no setor", afirmou Marco Antonio Raupp.
Internacionalização da indústria de softwares de Pernambuco
Na próxima semana, haverá uma reunião entre representantes do governo federal e a presidência do Porto Digital para decidir como será o plano que vai ajudar a estrutura de capacitação do chamado "ecossistema digital" instalado no Recife, dentro do Programa TI Maior.

Os representantes também discutirão como será feito o patrocínio de uma startup aceleradora do grupo e os projetos que visam internacionalizar os produtos de software locais para outros mercados globais, a exemplo dos Estados Unidos.
"Acabei de conversar com o secretário do governo Virgílio de Almeida para discutirmos como serão esses planos dentro de alguns dias. O que posso afirmar é que o Porto Digital está numa fase mais avançada", disse Saboya.
A ideia é que, em breve, o ecossistema digital do Recife comece a produzir softwares para exportação. "Não vamos ter uma representação comercial no exterior, até porque o País não tem reconhecimento internacional com expertise em softwares ainda. Queremos fazer parcerias de negócios entre as empresas daqui e as de lá. A partir de produtos desenvolvidos e mantidos com a inteligência daqui e uma formação de uma cultura empreendedora, como a norte-americana, pretendemos enviar aos Estados Unidos startups locais para fazer o desenvolvimento de projetos globais", explicou o diretor-presidente do Porto Digital, que deve ir à região do Vale do Silício, na Califórnia, em outubro, para estabelecer novas parcerias com o intuito do que ele chama "internacionalizar" a indústria de softwares de Pernambuco.
"Todas as empresas globais estão no Brasil, mas o Brasil não está em nenhuma empresa do mundo. É preciso internacionalizar os nossos softwares como produtos e o incentivo a empresas emergentes", finalizou.

Fonte de informação:http://g1.globo.com/pernambuco/vestibular-e-educacao/noticia/2012/08/programa-ti-maior-deve-beneficiar-1200-jovens-em-pe-ja-em-agosto.html

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