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sexta-feira, 11 de maio de 2012

No Recife, exposição revela o culto à elegância nascido na África


Mostra fica em cartaz no Museu da Abolição até o mês de agosto.
Sociedade de Ambientadores e de Pessoas Elegantes nasceu no Congo.

O Museu da Abolição inaugura nesta sexta-feira (11), às 18h, a exposição temporária “La Sape: o culto da elegância na África contemporânea”. A mostra, que segue em cartaz até 18 de agosto, faz parte da programação da 10ª Semana Nacional de Museus, e retrata a presença da Sociedade de Ambientadores e de Pessoas Elegantes (Sape) nos trópicos, principalmente no Nordeste do Brasil.

A Sape teve suas origens no bairro de Bacongo, em Brazzaville, por volta dos anos 1960, após a independência do Congo. O fenômeno estilístico atraiu jovens de origem social modesta, que se autodenominavam de “sapeurs”: aqueles que cultuam a elegância como um fim em si mesmo.
Mostra conta com fotografias e vídeos (Foto: Silvania Nobre / Divulgação)
Segundo o curador da mostra, Antonio Motta, para esse grupo, a elegância é como uma religião têxtil, da forma, da cor, da aparência. Deixa de ser um estilo de vida e passa a ser uma “condição”, um “estar no mundo”, onde a moda ultrapassa suas funções estéticas de representação e distinção, adquirindo valores essenciais ao comportamento e à conduta social. Nas obras expostas, os protagonistas são estes jovens estudantes congoleses, que estão conveniados em diversas universidades brasileiras. Em Pernambuco, há pelo menos seis.
"A imagem que nós, brasileiros, temos [da África] é uma África ancestral, super brasileira, baiana, do Olodum, dos terreiros, com roupas tribais e monolítica, como se fosse um bloco único e não um continente com vários países. Na África contemporânea, eles estão em outra rotação do tempo. Esses [congoloses] que chegam aqui, são cosmopolitas, sem clichês. Querem grife, tecnologia, consumo, fluxos culturais", disse Motta.

Composta por fotografias de Silvania Nobre, um documentário etnográfico de Charles Martins, baseado na pesquisa do antropólogo Antonio Motta, e expografia de Flávio Amaral, a mostra é o primeiro registro da Sape no Brasil. Isso acontece porque o trajeto de viagem de um “sapeur” geralmente tem como destino final Paris, local que o legitima.

"A roupa é como uma segunda pele, é o que dá sentido à vida deles. Eles passam fome para comprar uma peça de marca, querem ser 'grifados'. Neste sentido, eles estão celebrando o ocidente. O interessante é que, na África, o homem é mais vaidoso que a


mulher, um código de masculinidade que não se adapta no Brasil, que se vestir bem é coisa de gay. Por isso a importância da exposição, para mudar um pouco esse senso comum de que a África ficou congelada no tempo", comentou o curador.
Exposição La Sape conta com fotografias e vídeos (Foto: Divulgação)A exposição “La Sape: o culto da elegância na África contemporânea" fica aberta à visitação de segunda a sexta, das 9h às 17h, e aos sábados, das 13h às 17h. A entrada é franca. O Museu da Abolição fica na Rua Benfica, 1150, no bairro da Madalena.
O prédio também estará aberto no domingo (13), dia em que acontece o Circuito de Museus, realizado pelo Fórum de Museus de Pernambuco, em parceria com a Fundação de Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). O Circuito proporciona a visitação a vários museus do Recife, em um dia onde algumas dessas casas geralmente não abrem.
Serviço
Exposição "La Sape: o culto da elegância na África contemporânea"
Museu da Abolição - Rua Benfica, 1150, Madalena
Em cartaz até 18 de agosto
De segunda a sexta, das 9h às 17h; sábado, das 13h às 17h
Entrada gratuita




fonte de informação:http://g1.globo.com/pernambuco/noticia/2012/05/no-recife-exposicao-revela-o-culto-elegancia-nascido-na-africa.html


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