JOÃO AMAZONAS DE SOUZA PEDROSO
Foto: Divulgação
Nasceu em Belém, no estado do Pará, em 01 de janeiro de 1912, falecendo em 27 de maio de 2002, no estado de São Paulo. Conhecido como João Amazonas, foi político revolucionário, guerrilheiro, líder do Partido Comunista do Brasil e teórico Marxista.Em 1935, aos 23 anos, João Amazonas, se envolveu como o movimento comunista, foi membro da Aliança Nacional Libertadora (ANL), filiando-se em seguida ao Partido Comunista do Brasil.No ano de 1936, é preso por ser ex-integrante da ANL, na prisão faz greve de fome e ministra aulas de marxismo-leninismo. Em junho de 1937 é absolvido por falta de provas.João Amazonas em 1992 tinha então 80 anos de vida, e o mais impressionante é que talvez a parte mais importante de sua contribuição teórica ao marxismo ele a tenha escrito entre 1991 e 2001, já com 89 anos de vida.
Edição:Amil Edardana
Cem anos de Gonzagão
Foto: Divulgação
Luiz Gonzaga – O Rei do Baião
O inesquecível filho de Januário José Santos, lavrador e sanfoneiro, e de Ana Batista de Jesus, agricultora e dona de casa. Luiz Gonzaga do Nascimento nasceu em 13 de dezembro de 1912, na cidade de Exu, Pernambuco. Quando criança tocava zabumba e cantava nas festas acompanhando seu pai Januário que se apresentava com uma sanfona de oito baixos.Entre 1930 e 1939, serviu o exército, onde era corneteiro e nesse período conheceu o Brasil. Passando a morar no Rio de Janeiro em 1939, tocava nos cabarés da Lapa e bares, bem como nas ruas onde usava o chapéu para recolher dinheiro.Começou no programa de calouros de Ary Barroso, na Rádio Nacional ficou em primeiro lugar com a música “Vira e mexe”, composição sua. Em seguida participou de vários programas radiofônicos, gravou discos como sanfoneiro para outros artistas, e em 1941 gravou como solista.Trabalhou na Rádio Clube do Brasil e na Rádio Tamoio, gravou mais de 50 solos de sanfona. A partir de 1943, ficou caracterizado como vaqueiro nordestino e fez parceria com Miguel Lima, onde houve uma transformação da música “Vira e mexe” em “Chamego”, sendo recepcionada com muito sucesso, foi também nessa época que Luiz Gonzaga ganhou o apelido Lua, por Paulo Gracindo. As músicas “Dança, Mariquinha” e “Cortando Pano”, “Penerô Xerém” e “Dezessete e Setecentos”, foram as primeiras a serem gravadas pelo sanfoneiro e cantor, Luiz Lua Gonzaga. Nesse mesmo ano, tornou-se parceiro do cearense Humberto Teixeira, dessa união surgiu o ritmo do baião, com músicas que vivenciavam a vida do povo nordestinos. Seus sucessos eram “Baião” e “Meu Pé de Serra” (1946), “Asa Branca” (1947), “Juazeiro” e “Mangaratiba” (1948) e “Paraíba” e “Baião de Dois” (1950).Em 1945, reconheceu a paternidade de Gonzaguinha, seu filho com a cantora e dançarina Odaléia. Em 1948, casou-se com Helena das Neves. Anos depois, conheceu Zé Dantas, o qual seria seu mais novo parceiro, pois Teixeira teria se afastado da música para cumprir mandato de deputado estadual. No ano 1950, estourou com o sucesso “Cintura Fina” e “A Volta da Asa Branca”. Nessa década, a música nordestina viveu sua fase áurea divulgando a cultura e a vida do povo nordestino, bem como Luiz Gonzaga virou o Rei do Baião.Em 1962 morreu Zé Dantas e o rei fez parcerias com João Silva, Hervê Cordovil e outros.Gravou nos anos 80 com Raimundo Fagner, Dominguinhos, Milton Nascimento, Elba Ramalho etc. Com Gonzaguinha fez uma grande parceria e deu certo. Recebeu o primeiro disco de ouro com “Danado de Bom” em 1984. Nesta época apresentou-se duas vezes na Europa; dai surgiu a fama do homem simples e ingênuo que gravou 56 discos e mais de 500 canções.Em 1989, manhã do dia 02 de agosto, morreu o Rei do Baião, após mais de 40 dias internado no Hospital Santa Joana, na cidade do Recife, o Brasil perdia um ícone da música popular brasileira, no seu sepultamento compareceram mais de vinte mil pessoas que cantaram Asa Branca, o hino que o Rei do Baião deixou para o povo nordestino.
Edição: Amil Edardna100 anos de Mazaroppi
100 anos de Mazaroppi: site exibe filmes do comediante por menos de R$ 4,00 reais Foto: Reprodução
Mazaroppi (1912-1981), um dos maiores comediantes da história do cinema brasileiro, recebe durante esta semana uma série de homenagens pelo centenário de seu nascimento, comemorado no último dia 9.
O ator que imortalizou o personagem Jeca Tatu que bombou nas telas nacionais no início dos anos 1950, terá seus filmes exibidos no Sundaytv, serviço de video on-demand do Terra.
O canal terá uma mostra online com mais de 20 filmes do artista, muitos deles emblemáticos como:
- ‘O Corintiano’, um dos maiores sucessos de bilheteria de Mazzaropi,
- ‘Sai da Frente’, o primeiro filme do artista produzido nos estúdios da Vera Cruz,
- E o famoso ‘Jeca Tatu’, inspirado no personagem de Monteiro Lobato, entre tantos outros.
Para assistir ao especial, acesse sundaytv.com. Cada filme custa a partir de R$ 3,90.
Assinantes não pagam.
A Verdadeira História de Amácio Mazzaroppi
09/04/1.912 á 13/06/1.981 (diferente do que contam os historiadores, livros e documentários); nasceu em 09 de Abril de 1.912, na Capital do Estado de São Paulo, São Paulo – Capital, no bairro de Santa Cecília; Barra Funda, á Rua Vitorino Camilo n º 05, filho do Italiano Bernardo Mazzaropi e da Taubateana, Clara Ferreira Mazzaropi, nascida na Rua América, hoje Avenida Armando Sales de Oliveira, filha de operários da CTI – Companhia Taubaté Industrial, em Taubaté-SP; meu avo, Bernardo, imigrante italiano fugido dos horrores por vir da primeira guerra, junto com o irmão Domingos, foi criado na capital São Paulo, (infelizmente não o conheci) foi de tudo um pouco, quando nasceu Amácio era Mascate, vendia casimira inglesa, fabricada no Braz, como nos contava, a mim a ao Mazzaropi o Sr. Leopoldo, amigo de Bernardo Mazzaropi e um dos donos da Cia de Automóveis Santo Amaro, em São Paulo, morreu cedo, aos 54 anos vitima de câncer provocado pelo cigarro; esta foi uma das grandes decepções de Amácio Mazzaropi, pois o pai só viveu os momentos difíceis de sua famosa trajetória; foi o primeiro a ser enterrado em Pindamonhangaba-SP, onde esta hoje minha avó e o Mazzaropi; minha avó Clara me contava que conheceu Bernardo Mazzaropi em Taubaté-SP em suas andanças por aqui, eles se apaixonaram e foram se embora, casada com ele para São Paulo, sempre foi dona de casa, nunca foi empregada doméstica, como disseram historiadores, em alguns livros e documentários feitos por quem nunca conviveram com nós; os Mazzaropi.
Amácio Mazzaropi nunca morou ou passou sua infância ou adolescência em Taubaté, Tremembé ou Pindamonhangaba, cidades as quais contava que viria a conhecer somente aos 23 anos de idade.
Amácio Mazzaropi até os oito anos morou no bairro de Santa Cecília, Barra Funda, depois dos oito aos 13 anos morou em uma das vilas operaria na Vila Maria Zélia, estudou os dois primeiros anos de grupo escolar São José do Belem, não gostava de estudar, contava-me que muitas vezes se escondia dentro da caixa d’água das casas da vila que morava para não ir à escola.
Quando completou 14 anos; seu pai Bernardo ganhou ou lhe foi cedido um espaço da Companhia Sorocabana de Trens um armazém de secos e molhados (Pequeno mine mercado da época) na cidade de Sorocaba-SP; onde Amácio Mazzaropi morou dos 14 aos 15 anos; estudou novamente o segundo ano de grupo escolar, mais envergonhado pela sua idade e tamanho abandonou de vez a escola; tentou jogar bola, futebol, mais segundo ele era tão ruim de bola que não o deixavam jogar; fica ao lado do campinho de futebol perto do centro de Sorocaba somente olhando os meninos jogar; ali nasceu o desejo de ser artista.
Considerava-se feio, magrelo, mais já aos 15 anos sabia que tinha talento para, falar, cantar, vivia representando algo que não sabia o que era; (ator) sem câmera.
Sem conseguir se relacionar com os colegas e com a família que o queria estudando em Sorocaba-SP decide fugir para Curitiba-PR onde morava seu tio Domingos Mazzaropi.
Sem que seus pais soubessem fugiu; foi morar com o tio Domingos em Curitiba-SP e trabalhar em sua loja de tecidos na Rua XV de Novembro, no centro da Cidade; Sem que Amácio soubesse seu tio Domingos comunicou a Bernardo que o Amácio estava com ele.
Um ano morando em Curitiba-PR trabalhando na loja do tio, Amácio conheceu Ferry, que ele chama de Silque, era um faquir que trabalhava no GranCirco Norte Americano que passava por lá, empolgado com a possibilidade de se tornar artista; com ajuda de Ferry falsifica sua certidão de nascimento e foge novamente, agora para São Paulo – Capital para trabalhar e viver em companhia de Ferry no Brás onde se apresentarão durante 06 (seis) anos na Rua ao lado da famosa Porteira do Brás, passagem de nível bem ao lado da hoje Estação Roosevelt em São Paulo.
Após sete anos sem ver os pais, Bernardo encontra Amácio Mazzaropi trabalhando com Ferry na porteira do Brás e o obriga ir rever sua mãe que já tinha voltado a morar em São Paulo, por conta da falência do armazém em Sorocaba-SP.
Após este reencontro é que Amácio Mazzaropi aos 23 anos de idade viria a conhecer Taubaté-SP, sua mãe Clara Ferreira Mazzaropi o levou para conhecer seu tio João Ferreira, irmão de Clara Ferreira Mazzaropi, que morava num sitio em Tremembé-SP.
Este tio João foi o maior de todos os incentivadores da carreira artística de Mazzaropi.
Em São Paulo levado por Ferry (o faquir) estréia no Teatro Colombo, Teatro dos operários italianos, cantando cansoneta napolitana, desajeitado de paletó e gravata. Naquele mesmo ano conhece uma dupla de comediantes caipira, os irmãos Sebastião e Genésio Arruda. (aqui nasce o Jeca do Amácio Mazzaropi).
Quase um ano depois de estrear no Teatro Colombo, ele se apresenta pela primeira vez vestido de caipira, Jeca, como ele chamava, cantando cansoneta napolitana e piadas lhe ensinadas por Genésio Arruda. Foi um sucesso.
O Radio - a partir daí Mazzaropi como todos conhecem foi sucesso no Radio, Nacional e Tupi, primeiro trabalho, foi na Radio Tupi – São Paulo contratado pela Radio Nacional do Rio de Janeiro foi recontratado pelo próprio dono da Radio Tupi que ele chamava de Doutor Assis Chateaubriand.
Foi para a televisão, TV Tupi 1.950, levado por Demerval Costa Lima de quem foi grande amigo e Cassiano Gabus Mendes, Programa Rancho Alegre, onde conheceu Geny Prado, fez um pequeno trabalho na TV Excelsior-SP.
O Teatro – Colombo, Oberdan, Cine Teatro Central e seu Teatro de Zinco – chamado de Pavilhão Mazzaropi.
Aliás o seu Pavilhão chamado de Pavilhão Mazzaropi, foi construído na cidade de Jundiaí-SP onde estreou, com dinheiro do salário que ganhava na Radio Tupi, andou pelo interior do estado de São Paulo. Sempre onde havia estação de trem, pois o pavilhão só viajava em trens, o pavilhão durou 08 anos e foi desfeito logo após a morte de seu pai Bernardo Mazzaropi, uma das coisas que mais lhe agradava no Pavilhão Mazzaropi, era ver seu pai trabalhando com ele; como não conseguia no inicio de carreira se apresentar em grandes teatros de São Paulo, montou seu pavilhão na Rua Joaquim Floriano, no Itaim, próximo de nossa casa que era na Rua Paes de Araujo n º 168. Itaim bibi, local onde sempre morou desde que foi trabalhar na radio Tupi. Trabalhou em outros teatros, mais sempre levado por outros artistas como Dercy Gonçalves e outros.
Amácio Mazzaropi nunca trabalhou em outra atividade sem que seja a de ator, artista, comediante ou cineasta; o registro existente em sua carteira de trabalho dizendo-se tecelão era por conta de um patrocínio conseguido por ele junto ao Dr. Felix Guisard, dono da CTI – Companhia Taubaté Industrial, era nos anos 40 inicio da nova lei trabalhista; e como o patrocínio perdurou por mais de um ano foi preciso fazer o registro, isto me foi contado por ele.
O Cinema - fez 32 filmes; na Radio Tupi conheceu Abílio Pereira de Almeida, que foi quem o levou para o cinema, lhe convidou para fazer um filme, primeiro com Oscarito que não deu certo, depois sozinho, na Companhia Vera Cruz em São Bernardo do Campo – SP.
Sai da Frente foi seu primeiro filme, fez ao todo 08 filmes como empregado, ou contratado como gostava de dizer.
Vendo que todos ganhavam muito dinheiro e ele não, decidiu produzir seus próprios filmes.
Vendeu sua casa na Rua Paes de Araujo 152 e alugou equipamento da Cia Vera Cruz e criou a Pam Filmes – Produções Amácio Mazzaropi, produziu 24 (vinte e quatro) filmes do ‘Chofer de Praça’ a ‘O Jeca’ e a ‘Égua Milagrosa’. Montou Estúdio próprio, em Taubaté-SP, primeiro na Fazenda da Santa e depois o Estúdio Novo mais próximo da cidade, onde o transformou em Hotel, o Pam Filmes Hotel, hoje Hotel Fazenda Mazzaropi, muito bem cuidado até os dias de hoje, pertence à família Roman.
O Circo - sua paixão pelo Circo vem desde criança, sempre que tinha um Circo por perto lá estava ela, nunca teve um Circo, embora sempre tivesse vontade de ter, muito do que ajudou Mazzaropi ser o que foi deve-se a seu trabalho levando milhares de seus shows ao Circo, lugar onde Mazzaropi se sentia melhor se apresentando, entre muitos Circos dois sempre tiveram sua preferência o Circo Windisor do Palhaço Vitrolinha e do Jeferson no qual nos apresentamos milhares de vezes e no grandioso Circo Romano, embora tambem fizemos muitos shows no Circo Bartolo (GranCirco Norte Americano) Circo Garcia, Circo Orlando Orfei, Circo Stancovichi, Circo Stevanovichi e os pequenos Circos Pop e muitos outros aos quais sempre Mazzaropi se apresentou.
Trecho extraído de entrevista à revista Veja,
por Armando Salem – 28/01/70
Veja – E como se faz para contar quem é Mazzaropi e o que ele pretende fazer daqui para a frente?
Mazzaropi – Conte minha verdadeira história, a história de um cara que sempre acreditou no cinema nacional e que, mas cedo do que todos pensam, pode construir a indústria do cinema no Brasil. A história de um ator bom ou mau que sempre manteve cheios os cinemas. Que nunca dependeu do INC – Instituto Nacional do Cinema – para fazer um filme. Que nunca recebeu uma crítica construtiva da crítica cinematográfica especializada – crítica que se diz intelectual. Crítica que aplaude um cinema cheio de símbolos, enrolado, complicado, pretensioso, mas sem público. A história de um cara que pensa em fazer cinema apenas para divertir o público, por acreditar que cinema é diversão, e seus filmes nunca pretenderam mais do que isso. Enfim, a história de um cara que nunca deixou a peteca cair.
Veja – Conte então sua história.
Mazzaropi – Quando eu comecei minha vida artística, muito pouca gente que vai ler esta história existia. Nasci em 1912, e na época em que comecei tinha uns quinze anos. Naquele tempo, o gênero de peças que fazia sucesso no teatro era caipira. E, como todo mundo, eu gostava de assistí-las. Dois atores, em particular, me fascinavam. Genésio e Sebastião de Arruda. Sebastião mais que Genésio, que era um pouco caricato demais para meu gosto. Nem sei bem por que, de repente, lá tava eu trabalhando no teatro. Mas não como ator – eu pintava cenários. Aliás, eu amava a pintura, sempre amei a pintura. Pois bem, um belo dia “perdi” o pincel e resolvi seguir a carreira de ator. No começo procurei copiar a naturalidade do Sebastião, depois fui para o interior criar meu próprio tipo: caboclão bastante natural (na roupa, no andar, na fala). Um simples caboclo entre os milhões que vivem no interior brasileiro.
Saí pro interior um pouco Sebastião, voltei Mazzaropi. Não mudei o nome (embora tivessem cansado de me aconselhar a mudá-lo) por acreditar não haver mal nenhum naquilo que eu ia fazer. Os amigos diziam que Mazzaropi não era nome de caipira, que era nome de italiano, mas eu respondia para eles que, se não era, iria virar. Que eu não tinha vergonha do que ia fazer e, por isso, ia fazer com meu nome. E o público gostou do meu nome, gostou do que eu fiz. Turnês em circos, teatros, recitando monólogos dramáticos, fazendo a platéia rir, chorar. Mas sempre com uma preocupação: conversar com o público como se fosse um deles. Ganhava 25 mil-réis por apresentação quando comecei, passei a ganhar bem mais quando montei a minha própria companhia (1). De nada adiantou a preocupação dos meus pais quando eu saí de casa: “quem faz teatro morre de fome em cima do palco”. Eu fiz e não morri, pelo contrário, sempre tive sorte – sempre ganhei dinheiro. Mas eu era bom, era o que o público queria.
Em 1946 assinava um contrato na Rádio Tupi – onde fiquei oito anos. Em 1950 ia para o Rio de Janeiro inaugurar o canal 6, e começava minha vida na televisão (2). Um dia, num bar que havia pegado ao Teatro Brasileiro de Comédia, entrou Abílio Pereira de Almeida. A televisão estava ligada, o programa era o meu. Ele me viu. Uma semana depois, uma série de testes me aprovava para fazer o meu primeiro filme: “Sai da Frente”. Meu primeiro salário no cinema – 15 contos por mês. No segundo já ganhava 30, depois 300, hoje eu produzo meus próprios filmes. E o público, como no meu tempo de circo, vai ver um Mazzaropi que faz rir e chorar. Um Mazzaropi que não muda.
Observações do Museu Mazzaropi
(1) Após realizar seu último filme pela Cinedistri, Chico Fumaça, de 1956, Mazzaropi já era famoso no cinema nacional e resolveu que estava na hora de investir em si mesmo. Isso porque via as grandes filas no cinema e eram, geralmente, os donos das produtoras que sempre ganhavam muito dinheiro.
O sucesso de “Chico Fumaça” fez com que Mazzaropi comentasse com sua mãe, Dona Clara, que o proprietário da companhia Cinedistri, sr. Massaini, ganhara muito dinheiro com o sucesso dos filmes em que ele participara e pediu para que ela o apoiasse num investimento que pretendia fazer.
Ele queria produzir um filme, mas para levar seu projeto adiante não hesitou em se desfazer dos seus bens: dois carros Chevrolet americanos, terrenos, economias bancárias e perguntou ao seu filho de criação, Péricles Moreira, se fosse necessário, se ele não se importaria em trocar o colégio particular por um colégio estadual. Mazzaropi ficou apenas com o terreno do Itaim Bibi.
Em 1958, consegue produzir seu primeiro filme, “Chofer de Praça”. Não foi fácil, no início teve que alugar os estúdios da Cia Vera Cruz para as gravações internas e as filmagens externas foram rodadas na cidade de São Paulo com os equipamentos alugados da Vera Cruz. Estava inaugurada a PAM Filmes – Produções Amácio Mazzaropi.
(2) Na verdade, em setembro de 1950, Mazzaropi, com 38 anos, estreava na TV Tupi de São Paulo o mesmo show que tinha sido sucesso durante muito tempo na Rádio Tupi: Rancho Alegre – o programa era ao vivo, todas as quartas, às 21 horas.
Quatro meses depois, janeiro de 1951, Mazzaropi é convidado para a inauguração da TV Tupi no Rio de Janeiro. No alto do Pão de Açúcar, onde se achava instalada a torre transmissora, acontece a grande festa com a presença do Presidente, General Eurico Gaspar Dutra.
A apresentação do show inaugural coube a Luis Jatobá, primeiro locutor da Tupi carioca.
Mazzaropi também passou pela TV Excelsior fazendo parte de um programa de sucesso na época, apresentado por Bibi Ferreira, Brasil 63.
Veja a Matéria Completa Aqui: http://www.museumazzaropi.com.br/int_hist.htm
Alguns dos Filmes de Sucessos de Mazaroppi
Mazzaropi-A Banda Das Velhas Virgens
Gostoso é um caipira que banca o maestro de uma banda formada por mulheres idosas e beatas. Tudo vai bem até que o fazendeiro o expulsa de suas terras, junto com toda família. Recomeçando a vida na capital, ele se emprega num depósito de ferro-velho recolhendo sucata, onde encontra um saco cheio de jóias valiosíssimas. Após isso, ele é acusado de roubo e se transforma no principal suspeito tendo que lutar para provar sua inocência.
Mazzaropi O Lamparina
Mazzaropi é um pacato homem do campo que para não se defrontar com um bando de cangaceiros acaba se disfarçando e é confundido com um deles. Incrementando a farsa em que se encontrou, ele faz com que sua família inteira se passe por seu bando e todos acabam indo parar no acampamento dos verdadeiros cangaceiros onde o “destemido” Lamparina vai ter que mostrar que é um cabra valente de verdade.
Mazzaropi O Gato de Madame
Mazzaropi é Arlindo, um engraxate que passa a ser “perseguido” por um gato que se afeiçoa a ele. Por esta sorte, acaba sem querer sendo alvo de uma quadrilha de bandidos mafiosos no estilo dos filmes americanos, loucos para por as mãos no gato e abocanhar a recompensa que uma madame cheia da nota está oferecendo. Na fuga ele irá se deparar com muitas confusões que incluem um encontro inusitado com D.Pedro I no museu do Ipiranga, um concurso de Miss e até uma inesperada visita à um centro espírita, onde é confundido com uma alma penada.
Mazzaropi-O Jeca contra o Capeta
A gozação já começa no tema : Jeca tem de enfrentar uma rica fazendeira que faz de tudo para ter o seu amor. Em tempos do sucesso mundial do filme “O Exorcista” Mazzaropi deu a sua versão tupiniquim ao blockbuster e na época arrebanhou multidões aos cinemas com este filme que é um dos maiores recordes de público do cinema nacional. É uma comédia sem limites onde o querido Jecão leva o Capeta à loucura e faz as pessoas caírem da cadeira de tantas risadas.
Mazzaropi-As Aventuras de Pedro Malasarte
Após a morte de seu pai, Pedro Malasarte é passado para trás pelos seus irmãos e resolve sair sem rumo pelo mundo . No caminho encontra um grupo de crianças orfãs que não se desgrudam mais dele. Afeiçoado pelos pequenos, e em busca de abrigo e algo para comer, ele passa a aplicar golpes contando causos para tipos que acabam caindo na sua conversa e vão formando uma fileira de gente enganada em seu encalço, doidinhas para esganar o Pedro. Corre !!!!
Mazzaropi-Chofer de Praça
O humilde Zacarias vai para a cidade grande com sua mulher para arrumar emprego e ajudar seu filho a pagar os estudos. Seu maior sonho é ver o filho se formando e, para isto, está disposto a fazer o possível e o impossível. Eis que surge um trabalho como Chofer de Praça . Pronto , era tudo o que ele precisava para fazer o público se borrar de tanto rir com as viagens cheias de trapalhadas deste chofer do barulho.
Mazzaropi–Jéca Tatu
Neste, filme, o impagável Mazzaropi, com todos aquele seu jeitão de roceiro vive mais uma das incríveis aventuras do Jeca. Desta feita ele está às voltas com disputas de terras: de um lado os ricos proprietários, capatazes violentos e políticos ambiciosos e do outro, nosso querido Jeca Tatu, sempre muito simplório, dedicado à família e de bom coração, um pouco preguiçoso, mas muito honesto. Agora se tem uma coisa que o tira do sério, deixando-o louco de raiva, é mexer com sua família ou tentar botar as mãos em sua terrinha querida. “Seu” Giovani, é um daqueles fazendeiros ambiciosos que está de olho no sitiozinho do Jeca… Vaca Brava é um capataz perverso que está de olho na filha do Jeca… Enfim todo mundo está tramando contra o pobre Jeca Tatu que coitado, ainda por cima, acaba indo parar na cadeia. IMPERDÍVEL.
Mazzaropi-Jéca e Seu Filho Preto
Em plenos anos 70, Mazza, com seu jeito simples, falou às multidões sobre assuntos importantes como o preconceito racial.
Neste filme ele é Zé, o pai de um rapaz (misteriosamente) negro, fata que nunca pareceu lhe incomodar, mas que incomoda os outros quando seu filho se enamora de uma moça branca, filha de um rico fazendeiro.
FILMOGRAFIA :
1. Sai da frente (1951)
2. Nadando em dinheiro (1952)
3. Candinho (1953)
4. O gato da madame (1954)
5. A carrocinha (1955)
6. Fuzileiro do amor (1955)
7. O noivo da girafa (1956)
8. Chico Fumaça (1956)
9. Chofer de Praça (1958)
10. Jeca Tatu (1959)
11. As Aventuras de Pedro Malazartes (1959)
12. Zé do Periquito (1960)
13. Tristeza do Jeca (1961)
14. O vendedor de lingüiça (1961)
15. Casinha pequenina (1962)
16. O Lamparina (1963)
17. Meu Japão Brasileiro (1964)
18. O puritano da rua Augusta (1965)
19. O corintiano (1966)
20. O Jeca e a freira (1967)
21. No paraíso das solteironas (1968)
22. Uma pistola para Djeca (1969)
23. Betão Ronca Ferro (1971)
24. O grande xerife (1972)
25. Um caipira em Bariloche (1973)
26. Portugal, minha saudade (1974)
27. O Jeca Macumbeiro (1975)
28. Jeca contra o Capeta (1976)
29. Jecão, um fofoqueiro no céu (1977)
30. O Jeca e seu filho preto (1978)
31. A banda das velhas virgens (1979)
32. O Jeca e a égua milagrosa (1980)
Discografia :
1.954 – RCA – Vitor Nha Carola Com Loloita Rodigres
1.964 – RCA- Canden – Os Grandes Sucessos de Mazzaropi
1.979 – Chantecler – Mazzaropi . Hector Lagna Fieta
compacto.
Fonte de informação:http://ultimosfatos.com.br/site/blog/2012/04/13/100-anos-de-mazaroppi/
Título original da matéria: ESPECIAL-Brasileiros Centenários











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